quinta-feira, 4 de junho de 2009

Livros que pregam para soldados israelenses "atacar sem dó " foram distribuídos por rabinos durante ataque em Gaza

O Ministério de Defesa israelense confessa ter distribuido livros que foram escritos por Rabinos militares que pediram que tropas não mostrassem nenhuma clemência contra palestinos.
A confissão foi feita em uma carta ao Membro do Knesset (parlamento israelense) Avshalom Vilan (Meretz) por um assessor do Ministro de Defesa Ehud Barak, o representante Ruth Bar, que reconheceu que o livro "evidentemente tinha um certo conteúdo impróprio para a publicação militar."

O livro que defendeu a crueldade contra palestinos incluiu artigos escritos pelo Rabino Shlomo Aviner, dizendo aos soldados para não mostrarem nenhuma clemência porque eles lutavam "contra um enimigo cruel" e que os palestinos eram assassinos.

"Quando você se compadece de um inimigo cruel, você está sendo cruel a soldados puros e honestos … Isto é uma guerra contra assassinos," diz o livro do rabino de extrema direita Shlomo Aviner.

O livro também advertiu os soldados para não perderem sequer uma polegada do territorio de Israel para os palestinos.
O Chefe do exercito Gabi Ashkenazi intimou o rabino militar, e o general Avichai Rontzki pediu para investigar essa questão.

Depois desse grave erro de conduta, Ashkenazi manteve uma reunião pessoal com o rabino militar na qual ele foi instruido a revisar seus atos e assegurar que "tais incidentes não ocorram."
As investigações mostram que o rabinato militar tinha tentado transformar a ofensiva israelense em Gaza em uma guerra sagrada, pedindo aos soldados para mostrarem crueldade no momento da necessidade.

"O rabinato militar há muito tempo passou dos limites e transformou o exercito israelense em um intrumento de uma guerra religiosa. Se chefe do exercito não impor limites aos rabinos contra o uso do judaismo como instrumento de guerra e não agir rapidamente em pouco tempo ele tera de enfrentar batalhões de soldados fundamentalistas judaicos," disse Vilan disse ao diario israelense Haaretz.

A investigação foi conduzida depois que os grupos de direitos humanos solicitaram uma investigação da matéria e tomaram medidas contra o chefe militar.

O Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza durante 23 dias consecutivos, matando mais de 1, 300 e ferindo mais de 5400 outros inclusive um grande número de mulheres e crianças.

As atrocidades de Israel na região sitiada da Gaza levaram a uma crítica internacional das atitudes dos israelenses, incitando organizações de direitos humanas e ativistas pela paz a acussarem Israel por crimes contra a humanidade.
Recentemente um juiz de direito do governo turco começou uma investigação acusando Israel por crimes contra humanidade e genocídio na Faixa de Gaza.
A reclamação foi submetida pelo grupo de direitos Mazlum-Der, que acusa 19 funcionários israelenses, inclusive o Primeiro ministro Ehud Olmert, o Presidente Shimon Peres, o Ministro das relações exteriores Tzipi Livni e o Ministro de Defesa Ehud Barak por cometerem esses crimes.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Obama é acusado 'de anti-semitismo', em Israel

Um parlamentarista israelense acusa a administração Obama 'de anti-semitismo' diante do discurso planejado e dirigido ao mundo muçulmano.

O membro do Knesset (parlamento de Israel) Yaakov Katz, chefe do partido da União Nacional, disse na quarta-feira que pedidos intermitentes do presidente dos Estados Unidos Barack Obama para a paralização dos assentamentos e de sua expansão na Cisjordania não são "nada menos do que anti-semitismo".
Ele também acusou a Casa Branca de seguir o caminho dos seus predecessores em retardar o crescimento da população judia na Cisjordania.

Katz disse em Tel Aviv que congelar os assentamentos significa negar aos judeus o direito de nascer.

"Se alguém disser que você não pode acrescentar uma sala a uma casa, ou construir um jardim de infância ou um armazém ou algo mais, significa que 650.000 judeus em Jerusalém e em outro lugar não podem crescer, não pode dar à luz," Katz disse a rádio nacional de Israel .

"Eu gostaria de dizer para a administração Obama, que não há nenhuma diferença entre Jerusalém e o resto da Judéia e Samaria (Cisjordania). Nas vizinhanças de Jerusalém, temos perto de 300.000 judeus e temos outros 350.000 judeus na Judéia e Samaria," ele acrescentou. "Para os americanos, todos os 650.000 são o mesmo; eles são todos para ser boicotados, discriminados e ditos para deixar de construir e deixar de crescer. Não há nenhuma diferença para eles."

O parlamentarista israelense também pediu que os fieis tanto cristãos como judeus para apoiar Israel e serem firmes com a Casa Branca e Obama e que não aceitassem as suas 'políticas distintivas' contra os judeus.

O presidente dos Estados Unidos, que está na Arábia Saudita na primeira parte da sua viagem ao Oriente Médio a construir uma relação entre Washington e o mundo muçulmano, pressionou a administração Netanyahu para parar completamente as expansões nas terras ocupadas e para um novo processo de paz que foi paralizado com os palestinos.